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O brasão de armas do município de Bela Vista do Paraíso foi estabelecido pela Lei Municipal nº 532, de 26 de novembro de 1962. Ele segue as regras da heráldica, a ciência e a arte de descrever os brasões de armas ou escudos.

O brasão municipal é descrito nesta lei como um escudo inglês, moderno, de campo partido (cortado ao meio na vertical), de sinistra (parte esquerda, do ponto de vista do observador) cortada (horizontalmente), tendo por timbre a coroa mural privativa das municipalidades. 

Como suportes, ramos estilizados e frutados de café, de sua cor . No listel (faixa abaixo do escudo) em campo de prata, se inscreve a divisa (ou lema) "Aequalitas et Jus" - "Igualdade e Justiça".

Na de destra (parte do campo cortado que fica à esquerda do ponto de vista do observador), de gules (cor vermelha, em heráldica), o brasão traz a roda dentada encimada por caduceu alado, tudo em ouro.  

Na de sinistra (parte esquerda, do ponto de vista do observador) do chefe, de campo esquartelado (dividido em quatro), sendo o primeiro e o último de prata, carregados de estrelas de blau (azul, em heráldica) cada um, e o segundo e terceiro de sinople (verde, em heráldica).

O último, de campo de blau, traz a balança da justiça, de prata.

O gules, significando, em heráldica, valor e intrepidez, lembra os primeiros habitantes de Bela Vista do Paraíso, que propiciaram um vertiginoso progresso da região, dando à vila que se expandia tal vitalidade que a localidade nem ao menos chegou a ser distrito.

Os símbolos do comércio e da indústria lembram a riqueza e a força deste município que nasceu sob o signo da intrepidez e prossegue vertiginosamente caminhando para sua autossuficiência nos setores vitais para a sua emancipação, cada vez maior e mais positiva.

O sinople (verde) e a prata (branco) são da bandeira estadual do Paraná, enquanto que as estrelas são os dois primeiros habitantes do município, senhores Brasílio de Araújo e João Galdioli, cujo trabalho serviu de ponto de partida para a descoberta da fertilidade e das possibilidades do município.

O blau (azul) fala da serenidade em que vivem os munícipes, que veem nas leis a orientação seguida pelos homens públicos, a igualdade e a justiça, sentimentos que vibram em seus espíritos e que se constituem em seu lema.

Os suportes homenageiam os homens que, de sol a sol, procuram e conseguem mais substanciais divisas ao país, além de marcar a cultura agrícola de maior expressão

Por meio da Lei Municipal nº 529, de 5 de setembro de 1962, a Câmara Municipal autorizou o prefeito Dr. José Marcelino a contratar a empresa Studio Pantheon, de Ribeirão Preto (SP), para realizar os trabalhos de pesquisa, execução, busca de material e legalização para a confecção do Brasão Municipal

Para custear esse serviço, a lei autorizou a abertura de um crédito especial de CR$ 40.000,00, que viriam do excesso de arrecadação que fosse verificado no exercício financeiro.

Anteriormente, a Lei Municipal nº 416, de 12 de março de 1959, havia designado uma comissão especial com três membros, incluindo representantes da Câmara Municipal, para elaborar o Brasão Municipal. Essa lei foi revogada.

A Lei Municipal nº 532 definiu, no art. 2º, que o Studio Pantheon deveria entregar à cidade a criação do brasão, a simbologia, e um quadro a óleo do Brasão de Armas, nas dimensões 70 x 90 cm, em clichê para impressão nos papéis oficiais da Câmara Municipal e da Prefeitura Municipal.

A mesma lei também permitiu o uso do Brasão Municipal nos carros ou residências do prefeito, dio presidente da Câmara Municipal e dos vereadores.